terça-feira, 19 de maio de 2009


RIM SOBRE CONTROLE


Campanha deste ano insiste no controle da pressão arterial, que é fator de risco para a doença renal. Há um ano e meio fazendo hemodiálise - três vezes por semana - após perder a visão e ter uma das pernas amputadas, Dirley, 66, descobriu que era diabético e que sofria de Doença Renal Crônica (DRC). Um simples exame de sangue ou de urina na fase inicial poderia detectar o problema vivido por Dirley e que está presente na vida de mais de um milhão de brasileiros. No Ceará, são quase três mil pacientes renais em tratamento. A verdade é que parte da população está negligenciada no monitoramento da creatinina, substância nitrogenada eliminada do organismo pela urina que serve como índice de mensuração do funcionamento dos rins. Tanto diabéticos, hipertensos e as pessoas que têm, ou tiveram, parentes com insuficiência precisam lembrar ao médico de pedir o exame de creatinina, não apenas os de colesterol e açúcar. A DRC consiste na perda progressiva do funcionamento do rim, responsável pela eliminação das impurezas (foto ao lado)
EPIDEMIA:
A DRC já é considerada uma epidemia que se dissemina silenciosamente pelo mundo. O mal consiste na perda lenta, progressiva e, muitas vezes, irreversível do funcionamento do rim, órgão vital que responde pela eliminação das impurezas do organismo e pela regulação da pressão sanguínea e a formação do sangue. A ação dos rins também ajuda a manter a saúde dos ossos, pois são eles que estimulam a produção de glóbulos vermelhos por meio da fabricação de eritropoietina: hormônio que atua na medúla óssea estimulando a produção e maturação dos glóbulos que transportam oxigênio para todos os órgãos. Qualquer desequilíbrio de uma dessas tarefas pode significar um sinal de alerta para possíveis problemas renais.
ANEMIA RENAL
À medida que a doença renal crônica evolui, os rins perdem a capacidade de secretar a eritropoietina assim a oxigenação do corpo fica comprometida, ocasionando a anemia renal.O problema surge no início da DRC e se agrava com a piora no quadro do paciente. Calcula-se que cerca de 75% dos pacientes que sofrem com a doença possuem anemia renal. Á melhor forma de retardar os efeitos da anemia renal é o diagnóstico precoce. Para checar como anda o funcionamento dos rins, é preciso fazer o exame de creatinina, obtido por meio de uma amostra de sangue, explica o médico.O tratamento da anemia renal se dá com a introdução de eritropoietina no organismo do paciente através de injeções que devem ser tomadas três vezes por semana. O tratamento pode melhorar significativamente a saúde global em pacientes com DRC, explica o médico.O início precoce da terapia pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, reduzir as hospitalizações, o risco de mortalidade e os custos de tratamento que podem chegar a R$ 2 mil por paciente.

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